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Alessandra Costa

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Psicóloga e sócia da S2 Consultoria. Atua na prevenção de fraudes, assédios e na construção de ambientes organizacionais mais seguros.

Entre ego e ética: as ameaças que a vaidade individual traz para a empresa

Quando o desejo de reconhecimento se sobrepõe à integridade, esse pecado capital coloca em risco o ambiente e os resultados.

Por Alessandra Costa, colunista da VOCÊ RH
1 nov 2025, 07h30
Uma peça de xadrez diante de um espelho, que reflete uma outra peça distinta.
 (baona/Getty Images)
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Fraudes corporativas quase sempre são analisadas sob a ótica dos controles financeiros. Auditorias, sistemas de compliance e relatórios periódicos são considerados as barreiras principais contra desvios. Mas existe um risco mais silencioso e difícil de perceber, e nem por isso menos impactante: a vaidade humana.

O risco da vaidade é o que acontece quando o desejo de reconhecimento se sobrepõe ao compromisso com a integridade. Um líder que busca status a qualquer custo cria um ambiente em que a imagem importa mais do que o processo ou o resultado real. Metas passam a ser entregues de qualquer jeito, ainda que, para isso, indicadores sejam distorcidos, custos sejam adiados ou falhas sejam escondidas. Pequenos desvios, às vezes vistos como “jeitinhos”, são normalizados. Até que, quando menos se espera, esses comportamentos já se tornaram práticas estruturadas de manipulação de resultados.

Manipuladores de resultados

Acompanhei de perto uma situação do tipo. Um gestor de muita confiança e com ótimo histórico em uma empresa foi designado para liderar uma unidade que estava com números inferiores à média da organização. Ele sempre conseguia trazer bons resultados, então essa era a expectativa. Contudo, havia uma série de outros fatores naquela unidade que impediam seu crescimento, desde equipamentos precarizados até um time pouco especializado. Só que, para o gestor, o maior problema era que ele não tinha bons números para apresentar.

Assim, ele começou a manipular os resultados. Não havia nenhum tipo de ganho financeiro para ele ou terceiros. A decisão surgiu do incômodo de não ser mais uma referência na empresa. Nem preciso dizer que, após a descoberta, a decepção foi generalizada.

Mas esse é um exemplo de como a vaidade impulsiona condutas inadequadas. Podemos pensar ainda em outras possibilidades, como gestores que superestimam projeções, adiam o reconhecimento de despesas ou inflam conquistas em relatórios. À primeira vista, esses ajustes podem parecer inofensivos, mas, ao longo do tempo, corroem a credibilidade da empresa e colocam em risco tanto sua reputação quanto sua própria continuidade.

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Como a gestão de pessoas pode intervir

É aí que o papel do RH se torna essencial para detectar sinais de vaidade excessiva. Perguntas como “de onde vem o reconhecimento neste time?” ou “o que é celebrado nas reuniões?” ajudam a identificar se a valorização está no esforço coletivo ou apenas em uma figura.

Construir uma cultura de integridade exige consistência. Premiar resultados sustentáveis, reconhecer o trabalho de equipes inteiras e valorizar a transparência mesmo quando os números não são perfeitos são todas boas maneiras de descentralizar as conquistas.

Essa escolha protege a empresa de cair na armadilha da aparência, onde o que conta não é o que foi de fato conquistado, mas aquilo que se conseguiu mostrar. No fim, isso não é apenas evitar fraudes, mas também garantir que o crescimento seja real, duradouro e digno de confiança.

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