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Luciana Lima

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Sócia da ScienceConsulting e professora do Insper nas disciplinas de Estratégia de Negócios, Pessoas e Liderança.

Por que o RH, e não a TI, deveria encabeçar as discussões sobre o ChatGPT

Mudanças tecnológicas impactam o comportamento — é fato. Mas o assunto não deveria ser responsabilidade exclusiva da área de TI

Por Luciana Lima, colunista de Você RH
18 abr 2023, 18h44
Um homem e uma mulher aparecem no primeiro plano da imagem conversando. No segundo plano, pessoas estão trabalhando
 (Pexels/fauxels/Divulgação)
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E

m essência, a atuação da área de gestão de pessoas deveria estar a serviço da mediação e do zelo, ou seja, na busca da convergência dos diversos interesses que orbitam sobre os meios e fins do negócio. Em essência, porque, muitas vezes, na prática isso não é observado. E o que isso tem a ver com IA? Ah tem tudo a ver…

Da perspectiva de parceiro estratégico do negócio, a área, por meio do uso de ferramentas de IA, buscaria, em corresponsabilidade com seus parceiros internos, ganhos de eficiência e eficácia via processos de gestão de pessoas, conciliando diferentes interesses.

Sob a perspectiva de guardião da representatividade institucional e da execução da estratégia, a área possui como principal desafio zelar pela prática de comportamentos adequados aos valores organizacionais, buscando o alcance dos objetivos estratégicos, promovendo, quando necessário, revisão de rotas.

O que questiono, então, é: de que forma a área de gestão de pessoas vem se posicionando diante da turbulência causada pelo ChatGPT?

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Desde que foi lançado em março 2022, o ChatGPT vem “causando”. Primeiro tivemos uma discussão sobre a necessidade de revisão dos métodos de aprendizagem e avaliação nas escolas; na sequência, diversas empresas iniciaram o processo de revisão das reais necessidades com foco em extinção de cargos e redução de custos. Essas discussões foram reforçadas pelo uso da ferramenta e, mais importante ainda, dos impactos da sua aplicabilidade.

Tomemos como exemplo a Samsung Semicondutores que teve problema com três vazamentos de dados, tendo como ponto comum o uso de informações confidenciais e estratégicas no ChatGPT para auxiliar na realização das atividades diária e rotineiras de seus profissionais. Por fim, veio a carta aberta dos executivos de tecnologia solicitando uma pausa no desenvolvimento da ferramenta por preocupação com os riscos da IA para a humanidade.

Dentre todos os eventos citados acima, o que mais me preocupa é o caso da Samsung, pois o potencial de dano é realmente grande. Os profissionais envolvidos parecem não ter tido a intenção de prejudicar a empresa. É muito provável que não tenham atentado para o fato de que qualquer informação veiculada na ferramenta se tornaria pública instantaneamente.

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Na verdade, diante do furor das discussões sobre o ChatGPT, nenhuma área parece ter se importado muito com o desenvolvimento de protocolos de segurança. O fato é que, de imediato, a área que vem à cabeça por cuidar disso seria a de Tecnologia da Informação, mas será mesmo?

É notório que mudanças tecnológicas impactam comportamento, então, fico pensando em que medida a responsabilidade por um comportamento “descolado” ou dos valores da organização e/ou que impactem negativamente a realização da estratégia é de responsabilidade, exclusiva, da área de TI?

Qual parcela, desse desafio, cabe a área de GP? Mesmo que a pausa solicitada no desenvolvimento do ChatGPT, ou de qualquer outra ferramenta com esse potencial, seja respeitada, como podemos exercitar nosso papel de parceiro do negócio? Ou vamos, simplesmente, assistir a todos esses eventos sem nos tornarmos agentes ativos da construção do futuro do mundo do trabalho?

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