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Empresas estão priorizando os talentos internos, aponta estudo

As contratações desaceleraram em 2023 e o foco migrou para o reaproveitamento do pessoal de dentro. O objetivo é reduzir custos.

Por Letícia Furlan
14 jun 2023, 16h02
Uma mulher branca de aproximadamente 30 anos aparece sentada, usando óculos de grau e mexendo no computador.
 (Marcus Aurelius/Pexels/Divulgação)
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Korn Ferry, uma consultoria global de gestão organizacional, pesquisou as grandes tendências que têm moldado a aquisição de talentos em 2023. Passado o pior momento da pandemia da covid-19, chama a atenção que os holofotes agora estejam sobre os talentos internos. Já as contratações deverão permanecer em stand-by. 

É um movimento parecido com o que aconteceu na recuperação da crise de 2008, segundo Aline Riccio, diretora de desenvolvimento de negócios e projeto da Korn Ferry. “Nos dois eventos, as empresas tiveram que reavaliar suas estratégias de gestão de pessoas. Durante os períodos de recuperação, houve uma maior ênfase na retenção dos talentos existentes, uma vez que a substituição de funcionários ficou mais custosa e desafiadora.” 

Faz sentido: o custo médio de substituição de um empregado sai pela bagatela de 120% a 200% do salário original dele, segundo dados da própria consultoria. Desenvolver os talentos internos elimina esse gasto.

E, com isso, ganha quem já está empregado, claro. 

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O estudo indica que o plano de carreira também muda com essa tendência: os profissionais devem trocar as “escadas” por “redes”. O que isso quer dizer? Dentro de uma mesma empresa, a escalada nem sempre será para cima, mas muitas vezes para o lado.

“Houve uma maior ênfase no desenvolvimento e no aprimoramento das habilidades dos colaboradores, visando aumentar a produtividade e a adaptabilidade da força de trabalho. Isso envolveu a implementação de programas de treinamento e desenvolvimento, bem como a mobilidade interna”, afirma Aline Riccio.

Efeito bumerangue

Talentos de outras épocas também serão mais visados, segundo o relatório. Com uma economia incerta, muitos aposentados têm batido na porta de seus antigos empregadores quando as contas começam a apertar. 15% já fazem isso, mas a tendência é que esse número salte ainda mais.

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E essa pode ser uma boa notícia. As companhias passarão a contar com funcionários que já têm conhecimento institucional e habilidades comprovadas. Não à toa, as organizações agora devem dar uma atenção maior ao processo de desligamento. Por isso mesmo, o relatório da Korn Ferry indica que as empresas precisam manter boas relações com os funcionários que vão embora – já que, como um bumerangue, eles podem voltar a qualquer momento. Para ajudar.

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