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Flexibilidade importa mais que salário na busca por emprego, diz estudo

Pesquisa da Robert Half mostra que a possibilidade de trabalhar de forma remota ou híbrida é mais valorizada do que a remuneração

Por Redação
Atualizado em 27 jan 2023, 10h24 - Publicado em 27 set 2022, 16h33
Mulher com vestido estampado floral e batom vermelho trabalha em um café. Ela está digitando em um notebook
 (Cottonbro/Pexels/Divulgação)
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ara profissionais qualificados em busca de um novo emprego, a possibilidade de trabalhar de forma remota ou híbrida é mais valorizada do que a remuneração. É o que mostra o Guia Salarial 2023 da empresa de recrutamento Robert Half com informações de sua base de dados de vagas fechadas e em andamento. Para 43% dos candidatos, o modelo de trabalho é o mais importante na busca por uma vaga, seguido por salário (32%), benefícios (12%) e reputação corporativa (14%).

Os dados indicam também que, no pós-pandemia, a atuação à distância deixou de ser vista como um benefício — geralmente restrito a cargos de liderança — e se consolidou como uma forma de trabalhar. Pelo menos para os profissionais: 77% dos entrevistados consideram o remoto um modelo de trabalho, e não uma concessão da empresa.

Apesar de 75% dos líderes afirmarem que a flexibilidade é importante para atrair talentos e 67% dizerem que adotar modelos de trabalho que preveem atuação remota ajuda na retenção, ainda há chão para ser percorrido. O estudo mostra que 57% das organizações oferecem o modelo híbrido, 33% mantêm o totalmente presencial e 10% adotam o 100% remoto.

Entre as companhias que retornaram ao 100% presencial, 42% têm perdido talentos. E 39% dos profissionais dizem que vão buscar outra oportunidade se não tiverem flexibilidade na atual ocupação.

Gráficos mostram que profissionais rejeitam trabalho 100 presencial
(Guia Salarial 2023 Robert Half/Reprodução/Divulgação)
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Mais que salário

Os benefícios continuam em alta entre quem busca uma nova oportunidade: 57% consideram esse quesito na hora de aceitar um trabalho, mas uma boa parcela (42%) diz que esse não é um fator decisivo. Só 1% acha que salário é mais importante.

Um ponto de atenção é a discrepância entre a visão das empresas e dos funcionários sobre esse tema. É que 54% das companhias acreditam que os colaboradores estão satisfeitos com os benefícios, mas 86% dos profissionais gostariam de escolher o que recebem de acordo com suas necessidades e 77% dizem que seria interessante que alguns benefícios mudassem daqui para frente.

Os 10 benefícios mais requisitados

  • Assistência médica
  • Vale-alimentação
  • Vale-refeição
  • Aportes em previdência privada
  • Assistência odontológica
  • Auxílio educação
  • Auxílio combustível
  • Auxílio financeiro para home office
  • Folgas remuneradas
  • Apoio psicológico

O que esperar de 2023

A pesquisa também ouviu, em junho, 300 executivos brasileiros — 100 gerentes gerais, 100 diretores de tecnologia da informação e 100 diretores financeiros — para entender os desafios da liderança para o próximo ano. O clima é de otimismo nas contratações, mas receio em relação à atração de talentos:

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  • 94% estão mais confiantes com os rumos do mercado
  • 47% pretendem abrir novas vagas de trabalho
  • 47% planejam preencher posições abertas, sem aumentar headcount
  • 4% devem congelar as contratações
  • 1% vai reduzir posições
  • 1% não respondeu

Para 68%, será mais desafiador contratar profissionais com boas qualificações, e 76% estão mais preocupados com a atração de talentos. Por isso, as empresas têm adotados práticas para se destacar:

  • 51% enfatizam oportunidades de treinamento e desenvolvimento
  • 48% informam no anúncio das vagas quando a posição é para trabalho remoto ou flexível
  • 31% promovem ações relacionadas à ética e aos valores corporativos
  • 30% oferecem ações ou participação na companhia
  • 30% reforçam no anúncio as políticas de recursos humanos, como licença parental
Gráfico mostra que executivos estão mais preocupados com a atração de talentos para 2023
Reprodução/ (Fontes: Pesquisa Robert Half com 300 executivos c-level no Brasil, Pesquisa Robert Half sobre Benefícios e ICRH – 20ª edição/Divulgação)
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A Robert Half também pediu aos executivos que contassem os principais motivos para o alto nível de preocupação com a retenção de talentos:

  • 32% citaram a abordagem agressiva da concorrência
  • 31%, as altas cargas de trabalho e o aumento da pressão
  • 30%, as baixas oportunidades de crescimento e desenvolvimento
  • 28%, a falta de flexibilidade de horários e de modelo de trabalho

Segundo o levantamento, os profissionais estão mais interessados em saber sobre a cultura da companhia e quais são as práticas em relação à ética e responsabilidade social.

  • 48% levam em consideração as ações corporativas voltadas à diversidade, equidade e inclusão antes de aceitar um emprego
  • 47% perguntam sobre ética e valores corporativos
  • 38% buscam saber mais sobre fontes de financiamento ou investimentos da empresa
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Mesmo diante do maior interesse por esses temas, apenas 31% das companhias utilizam a promoção de seus valores e da ética para atrair profissionais e 34% buscam melhorar a cultura corporativa como forma de engajar os funcionários.

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