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Sua empresa não precisa de mais tecnologia, mas de um ‘designer de sistemas humanos e digitais’

Esse profissional promove a harmonia entre humanos e máquinas nas empresas, garantindo que não falte ética e empatia nas inovações tecnológicas.

Por Roberta Rosenburg, em colaboração especial para a Você RH*
27 out 2025, 11h10
Vídeo animado gerado digitalmente de ícones multicoloridos de mídia social e telas de dados saindo de um laptop aberto contra um fundo roxo escuro.
 (Andriy Onufriyenko/Getty Images)
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No frenesi por adotar inteligência artificial, automação e dados, muitas empresas esqueceram um detalhe essencial: não existe sistema inteligente se o lado humano for um elo frágil.

A nova fronteira da inovação não é como a tecnologia pensa, mas para quem ela pensa. Pesquisas recentes do Fórum Econômico Mundial e da Deloitte apontam que organizações que projetam sistemas human-first, centrados em dignidade, empatia e propósito, registram ganhos expressivos em engajamento e eficiência operacional.

Ou seja, quando o design respeita o humano, o resultado não apenas aparece, ele se multiplica.

Infelizmente, isso ainda parece distante. Hoje, algoritmos decidem contratações, IA mede desempenho e dashboards avaliam emoções. Nesse cenário, surge um novo papel estratégico: o “designer de sistemas humanos e digitais”. Um profissional com mindset que conecta cultura, dados e tecnologia em um ecossistema coerente, ético e vivo.

 

O termo pode soar técnico, mas sua essência é profundamente humana. Ele representa a capacidade de orquestrar a convivência entre pessoas, propósito e tecnologia dentro de um ecossistema corporativo. Em vez de apenas automatizar tarefas, esse profissional desenha experiências, garantindo que cada processo, interface ou política digital carregue algo que não pode ser codificado, como empatia e ética. Dessa forma, o verdadeiro diferencial competitivo, portanto, não está na tecnologia, mas no uso consciente da inteligência artificial.

A tecnologia nasceu para servir os seres humanos. Mas, quando mal desenhada, pode fazer o contrário. Sistemas frios, sobrecarga digital e decisões algorítmicas sem propósito corroem o engajamento e a confiança. É como tentar construir uma sinfonia com instrumentos desafinados: quanto mais se investe, mais ruído se produz.

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Aí entra o designer de sistemas humanos e digitais, uma espécie de maestro silencioso que devolve harmonia à orquestra corporativa, garantindo que cada inovação tecnológica toque em sintonia com as emoções, os valores e o propósito das pessoas que a operam. Não se trata, necessariamente, de um cargo formal, mas de um mindset que pode transformar profundamente a forma como o RH atua.

Novos papéis no mundo corporativo

Como bem alerta o Fórum Econômico Mundial, o futuro do trabalho dependerá menos da capacidade técnica e mais da habilidade de orquestrar humanos e máquinas em harmonia. O desafio agora é projetar empresas que pensem e sintam. Ter organizações capazes de combinar IA generativa, propósito e governança para criar valor sustentável.

E esse papel é a evolução natural do RH estratégico, mas também um novo paradigma de liderança. O RH que antes desenhava políticas, hoje cria ecossistemas vivos de aprendizado, colaboração e tomada de decisão sustentados por dados e inteligência artificial. E o líder, seja de pessoas, de produto ou de negócio, torna-se um curador de experiências humanas dentro de um sistema digital.

Em vez de controlar, ele habilita. Em vez de impor, ele cocria. Em vez de apenas medir produtividade, ele mede propósito e impacto.

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Assim, empresas que aplicam o chamado human-first design colhem um ROI duplo: financeiro e humano. Afinal, quando a tecnologia é construída com as pessoas, há mais adesão, confiança e eficiência. Reduz-se o retrabalho, o turnover e o desperdício. Além disso, a combinação de IA, empatia e dados de people analytics gera decisões mais assertivas sobre desenvolvimento, performance e clima, que se traduzem em melhores margens e maior valor de marca empregadora.

Para construir esse tipo de sistema integrado entre humanos e tecnologia, as empresas precisam desenvolver cinco competências centrais: empatia analítica; letramento digital e ético; design de experiências; governança viva; e cultura de aprendizado contínuo. Esses elementos formam a espinha dorsal de um design organizacional capaz de unir performance e humanidade.

Nesse novo e necessário design corporativo, o people analytics é o sistema nervoso central. Ele transforma cultura e comportamento em dados que orientam decisões mais humanas, como identificar onde estão as competências escassas, quais times inspiram mais colaboração e onde a tecnologia está realmente apoiando (ou sufocando) o propósito humano. Mais do que dashboards, o people analytics é a ponte entre intuição e evidência, onde o digital encontra o humano de forma inteligente.

Não à toa, cada vez mais os CEOs precisarão ser designers de sistemas humanos e digitais. Cabe a eles patrocinar a inovação responsável, conectar ROI financeiro a ROI humano e inspirar uma cultura onde a tecnologia amplifica o melhor das pessoas, em vez de substituir.

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Ser um designer de sistemas humanos e digitais é transformar dados em significado, tecnologia em ponte e pessoas em protagonistas da inovação.

No fim das contas, talvez a pergunta que defina o sucesso das empresas não seja mais “qual tecnologia você usa?”, mas “como ela está ampliando o humano aí dentro?”

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*Roberta Rosenburg é CEO da F.Lead e especialista em estratégias de negócios e capital humano.

 

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