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5 medidas de gestão para proteger sua empresa em tempos de crise

Planejamento de caixa, renegociação e cortes seletivos estão entre as ações que garantem fôlego financeiro e competitividade mesmo diante dos juros altos.

Por Izabel Duva Rapoport
4 nov 2025, 18h00
Mesa com folhas que possuem gráficos dispostas sobre uma mesa. Uma mão está com uma caneta repousada sobre uma ilustração.
 (Jakub Żerdzicki / Unsplash/Reprodução)
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O número de pedidos de falência no Brasil cresceu 18,9% no primeiro semestre de 2025, segundo dados da Serasa Experian, o maior índice desde 2020. Este aumento, de acordo com o advogado e contador Marcos Pelozato, é reflexo direto do consumo retraído, do crédito caro e da falta de preparo financeiro das empresas, principalmente de pequeno e médio porte. “As companhias que atravessam crises sem um plano de gestão estruturado acabam reféns da própria desorganização”.

Para ele, cinco medidas podem fazer a diferença entre a recuperação e o colapso: planejar o fluxo de caixa, negociar contratos, adequar dívidas, cortar despesas de forma seletiva e manter controle rigoroso sobre os indicadores financeiros. “A crise não avisa quando chega, por isso a empresa precisa operar como se estivesse permanentemente em modo preventivo”, recomenda o  especialista em reestruturação empresarial. “As decisões devem ser técnicas e não emocionais”.

O primeiro passo, segundo Pelozato, é o planejamento de fluxo de caixa, que permite identificar entradas e saídas com antecedência. “É o mapa da sobrevivência. Sem esse controle, o gestor não enxerga o prazo de fôlego que tem, nem o ponto exato em que o caixa ficará negativo”, explica. O segundo ponto é renegociar contratos e obrigações, o que inclui fornecedores, bancos e parceiros comerciais. “Muitos contratos podem ser readequados, mas poucos empresários procuram orientação técnica antes de se endividar.”

A terceira medida envolve a readequação de dívidas, etapa que deve ser acompanhada de uma avaliação detalhada da estrutura societária e dos custos tributários. Dados do IBGE mostram que mais de 60% das empresas brasileiras operam com margem de lucro inferior a 10%, cenário que exige reestruturação constante. “O endividamento não é o problema; o problema é a ausência de estratégia para administrá-lo”.

O quarto passo é o corte seletivo de despesas, que exige análise racional sobre quais custos realmente geram retorno. “Cortar tudo de forma aleatória é tão perigoso quanto não cortar nada”, alerta o especialista. “Há gastos que sustentam a operação e que, se eliminados, podem comprometer a receita futura”. Por fim, o quinto ponto é a governança de dados financeiros, isto é, acompanhar mensalmente indicadores como margem, inadimplência e rentabilidade.

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Buscar ajuda ainda é tabu

Para o advogado, o maior desafio é cultural. “Ainda existe resistência em buscar ajuda especializada. Muitos empresários tratam a mentoria e a consultoria como custo, quando, na verdade, são investimentos que evitam prejuízos maiores”, defende. Pesquisas do Sebrae indicam que apenas 6% dos empreendedores buscaram orientação profissional em 2024  e que 70% das companhias que encerraram as atividades nunca haviam recebido capacitação ou assessoria de gestão.

Na avaliação de Pelozato, 2026 deve continuar marcado por juros elevados e crescimento lento, o que exigirá disciplina e planejamento das empresas brasileiras. “Quem entender a gestão como ferramenta de proteção e não como burocracia terá mais chances de permanecer competitivo”, conclui.

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