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Corporativismo estéril: os efeitos de um ambiente de trabalho rígido

A falta de autonomia e de espaço para inovação, além de estagnar a criatividade, tem levado talentos a buscar novos rumos na carreira.

Por Izabel Duva Rapoport
9 set 2025, 14h00
Linha vermelha esticada bloqueando ou protegendo um grupo de esferas brancas.
 (twomeows/Getty Images)
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“O corporativismo estéril pode até ter processos redondos, mas não inspira. É um ambiente onde a performance existe, mas a transformação é rarefeita”, afirma Juliana Cavalcante Morandeira, especialista em reposicionamento de lideranças. Para ela, empresas bem organizadas, mas pouco receptivas à inovação e experimentações de ideias – que, segundo a especialista, entram na categoria do corporativismo estéril –, não favorecem o crescimento genuíno dos profissionais, levando-os à transição de carreira.

Uma pesquisa da Conquer Business School mostra que 69% dos profissionais brasileiros veem a autonomia como principal estímulo à criatividade no trabalho. Em contrapartida, obstáculos como cultura organizacional rígida aparecem como importantes bloqueadores da inovação, sendo citados por 17% dos entrevistados. “O dado reforça uma percepção entre executivos: quando a criatividade é tolhida, o trabalho perde o sentido”. 

Juliana diz ainda que, além de afastar talentos, esse tipo de cultura compromete os resultados no longo prazo. “A falta de autonomia não afeta só a motivação, mas também a produtividade, o propósito e o engajamento das pessoas”, afirma. “E quando a empresa não permite que elas se movam, buscam espaço em outro lugar”.

A transição como um caminho

A alternativa, para uma boa parcela dos trabalhadores, tem sido a transição de carreira. Um estudo feito pela Datacamp revela que 51% consideram fazer uma mudança na vida profissional. Esse movimento, segundo a especialista, não ocorre apenas por insatisfação oriunda de um dia a dia engessado, mas também como um resultado de amadurecimento, autoconhecimento e desejo de contribuir com algo maior. “A experiência corporativa não precisa ser descartada. Pelo contrário, é ela que permite construir novas trajetórias com mais impacto e consciência”.

Não à toa, o desejo de mudança costuma vir acompanhado de uma revisão de valores, lembra Juliana. “Profissionais experientes, acostumados a entregar resultados, começam a se perguntar sobre o que realmente faz sentido na vida e no trabalho”. E a resposta, muitas vezes, está ligada a ambientes mais colaborativos, inovadores e humanos.

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A responsabilidade da liderança

Para a especialista, o papel de quem lidera hoje não é apenas gerir tarefas, mas fomentar a autonomia e a liberdade criativa. “Ambientes que florescem são aqueles onde as pessoas podem criar, errar, propor. A inovação nasce da confiança e quem lidera precisa criar esse solo fértil”.

A mudança de postura pode parecer sutil, segundo ela, mas é transformadora, pois equipes mais livres tendem a ser mais engajadas, produtivas e comprometidas com os objetivos da organização. “Lideranças controladoras, que operam por medo e rigidez, produzem exatamente o oposto: estagnação, desconexão e alta rotatividade”, alerta. 

Novos tempos pedem novos pensamentos

O fenômeno do corporativismo estéril evidencia que não basta uma empresa funcionar bem no papel. “É preciso que ela faça sentido para quem nela trabalha. Caso contrário, o esvaziamento emocional e criativo dos colaboradores se tornará inevitável”.

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A executiva orienta que o profissional que se vê neste momento aproveite para repensar o que é sucesso, quais ambientes realmente valem a pena atuar e como se deve alinhar carreira e propósito sem abrir mão da performance. “Não fazemos nada sozinhos. Carreira também é sobre os espaços que habitamos e as pessoas com quem construímos”, ressalta Juliana. “Criar uma rede forte, se adaptar com inteligência e manter a visão de longo prazo são estratégias que tornam qualquer transição possível”.

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