Demanda das PMEs por benefícios de bem-estar cresce 151% em um ano
Pequenas e médias empresas vêm adotando pacotes de auxílios mais enxutos, porém, com efeito direto na saúde física e mental dos trabalhadores.
O bem-estar corporativo deixou de ser um benefício só das grandes companhias, ganhando espaço também nas pequenas e médias empresas, que se viram diante do desafio de competir por talentos e também da alta rotatividade em setores como serviços, tecnologia e varejo.
Na comparação entre o 1º semestre de 2024 e o mesmo período desse ano, o número de PMEs interessadas em adquirir esses benefícios mais que dobrou na empresa de planos de bem-estar Vidalink, por exemplo, registrando um aumento de 151%. Já entre o 1º e o 2º semestre do ano passado, o avanço foi de 33,8% nos leads, enquanto do 2º semestre de 2024 para o 1º de 2025 o salto chegou a 87,5%.
Do total de solicitações, cerca de 30% vieram de estabelecimentos de serviços, como agências de comunicação, escritórios de contabilidades, consultorias e prestadoras de serviços terceirizados, 20% de pequenas indústrias, seguidas por empresas de tecnologia (18%), além de setores como saúde, logística e varejo.
Reflexo da economia
Esse movimento, de acordo com Luis Gonzalez, CEO e cofundador da Vidalink, acompanha o crescimento das PMEs na economia brasileira. Dados do Sebrae, com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), apontam que elas foram responsáveis por 60% das admissões com carteira assinada nos primeiros quatro meses de 2025.
“Esse protagonismo reforça a necessidade de estratégias de retenção e valorização de talentos”, avalia o executivo, cuja empresa, tradicionalmente voltada a grandes companhias, passou a estruturar uma oferta específica para PMEs. “Benefícios, mesmo que em formatos mais acessíveis, estão se consolidando como diferencial competitivo também entre elas”.
Pacote reduzido, mas de impacto direto
Luis conta que o plano de medicamentos se tornou o principal ponto de partida para pacotes mais enxutos, com foco em empresas com até 100 colaboradores que não oferecem plano de saúde.
“A compra de medicamentos é parte essencial de qualquer tratamento. Quando o fator financeiro impede a continuidade, o quadro clínico pode se agravar”, diz. “É nesse momento que a empresa, mesmo sem plano de saúde, pode oferecer apoio”.







