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Demissões sem cuidado colocam em risco a confiança do time que permanece

Falta de transparência e empatia nos desligamentos pode abalar o equilíbrio emocional da empresa e provocar ansiedade coletiva na equipe.

Por Izabel Duva Rapoport
29 out 2025, 18h15
Uma pessoa segurando uma caixa com itens pessoais de escritório
 (Freepik/Reprodução)
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Demitir um funcionário nunca é tarefa fácil. No entanto, a forma que o desligamento é feito pode fazer a diferença não apenas para quem sai, mas também para quem fica. “Demissões sem cuidado podem romper a confiança no ambiente de trabalho, gerar insegurança e provocar uma tensão emocional persistente no time”, diz a psicóloga Jéssica Palin, especialista em saúde mental corporativa.

Para ela, a comunicação deficitária de um desligamento ou de um corte em massa pode deixar os colaboradores remanescentes em alerta constante, desconfiados sobre os próprios cargos. “Trata-se de um fenômeno de ansiedade coletiva: quem permanece na empresa teme ser o próximo, observa quem saiu e questiona quem gerencia”.

Em casos de o líder tomar decisões como essas sem explicação clara ou sequer dialogar com o time, a chance de um ressentimento se espalhar entre os colaboradores aumenta. “Desligar pessoas é inevitável em muitos momentos, mas isso precisa ser feito com transparência, empatia e clareza”, acredita a especialista. “O risco de não fazer isso é transformar a empresa numa máquina de insegurança emocional” – afetando, inclusive, o desempenho, a cooperação e até aumentando a rotatividade.

Boas práticas

Para minimizar os danos emocionais pós-desligamento, Jéssica defende práticas estruturadas como: comunicar com antecedência quando possível, justificar critérios do corte, oferecer mecanismos de acolhimento e garantir canais de diálogo com quem permanece. “O RH precisa atuar preventivamente, gerando segurança para os remanescentes”, orienta. “Quem ficou precisa entender o propósito da reorganização e ver que não foi desvalorizado no processo”.

Outra medida indicada por ela é promover sessões de proteção à saúde mental, mediação de conflitos e apoio individual para quem demonstra um maior impacto emocional. Além disso, Jéssica recomenda capacitar líderes para que eles façam devolutivas humanizadas e monitorem sinais de desgaste nos profissionais.

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Reconstrução da confiança

Empresas que adotam avaliações de clima, aplicam pesquisas de engajamento e abrem diálogo com os colaboradores, com frequência – e especialmente logo após as demissões –, tendem a recuperar o desempenho coletivo de maneira mais rápida, segundo a psicóloga. “Quem deixa uma ferida aberta no time que fica, paga o preço da desmotivação e da perda de produtividade por meses”, acredita Jéssica, que ressalta: “é mais barato e mais humano cuidar disso desde o começo”.

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