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ESG nas empresas brasileiras: discurso cresce, mas prática engatinha

Pesquisa mostra que 91% das companhias dizem priorizar sustentabilidade, mas quase metade não divulga dados ESG e poucas têm planos claros de ação.

Por Alexandre Carvalho
1 set 2025, 16h57
Imagem gerada digitalmente de gráfico circular multicolorido em fundo branco.
 (Andriy Onufriyenko/Getty Images)
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Falar de ESG já virou quase obrigatório nas empresas brasileiras, mas colocar isso em prática continua sendo o grande desafio. Uma nova pesquisa do Instituto de Responsabilidade Socioambiental da ADVB (IRES), em parceria com a Grant Thornton Brasil, mostra que 91% das companhias dizem priorizar sustentabilidade na estratégia. Só que os números revelam uma realidade menos animadora: quase metade (47,6%) não publica informações ESG em relatórios anuais.

Outros dados reforçam o abismo entre intenção e ação: 88,6% não possuem plano de compensação de emissões de gases de efeito estufa, 43,5% não têm matriz de materialidade – ferramenta básica para definir prioridades na agenda – e 69% ainda não contam com Sistema de Gestão Ambiental certificado.

“Precisamos virar essa chave. Cabe a nós, líderes, empresas e cidadãos, assumir o protagonismo dessa transformação das práticas de ESG. Só assim poderemos construir atitudes que tragam equilíbrio, impacto positivo e a chance real de reverter o cenário que enfrentamos”, afirma Lívio Giosa, coordenador-geral do IRES. Para ele, embora o tema já esteja no radar, ainda é tratado de forma “reativa ou fragmentada, sem uma visão integrada ao negócio”.

Falta estrutura formal

Daniele Barreto e Silva, especialista em ESG da Grant Thornton Brasil, também alerta para o descompasso: “Enquanto o ESG já figura como prioridade estratégica para a maioria das empresas, apenas 20% possuem plano de compensação de emissões de carbono, 43,4% não fazem inventário de GEE e quase metade sequer publica informações ESG em relatórios anuais”. Segundo ela, a falta de estrutura formal – como políticas de compras sustentáveis ou indicadores de impacto – trava a evolução da agenda de forma efetiva e mensurável.

Mesmo assim, há sinais de avanço. A parte de governança aparece mais consolidada: 82% das empresas já discutem sustentabilidade nos conselhos e 83% contam com sistema de compliance ativo. No campo social, 83,6% mantêm sistemas de saúde e segurança do trabalho, e 78,1% já incluem saúde mental em programas de qualidade de vida.

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A pesquisa, feita com 78 líderes de Sustentabilidade e Finanças de empresas médias (de capital aberto e fechado), também revelou outros pontos críticos:

  • 35% não têm política de diversidade, equidade e inclusão (DEI) e 49% não adotam ações afirmativas;

  • 41% não engajam fornecedores em práticas sustentáveis;

  • 70,4% deixam de aproveitar incentivos fiscais para inovação.

Além disso, a regulação promete apertar o cerco. As novas resoluções da CVM, alinhadas às normas internacionais IFRS S1 e S2, vão exigir mais transparência no reporte de riscos e oportunidades ESG, especialmente das empresas de capital aberto.

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