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Setembro Amarelo e as fragilidades do RH: quem cuida de quem cuida?

Mais de 80% dos profissionais da área se sentem sobrecarregados e 65% afirmam ter tido algum problema de saúde mental no último ano.

Por Izabel Duva Rapoport
4 set 2025, 15h53
Colagem de uma silhueta de uma face humana ao lado de uma mão, com o dedo indicador erguido.
 (Nataliia Prachova/Getty Images)
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Um paradoxo chama a atenção neste mês. Setembro Amarelo, a campanha brasileira de prevenção ao suicídio, é tradicionalmente um dos temas do período mais trabalhados na área de Recursos Humanos, que se empenha no dia a dia da empresa para oferecer e reforçar práticas de bem-estar e saúde mental aos colaboradores. No entanto, pesquisas apontam que os próprios funcionários de RH, muitas vezes, não encontram os mesmos suportes para si.

Segundo dados do Panorama da Saúde Emocional do RH, da Flash, mais de 80% desses profissionais se sentem sobrecarregados. Outros 65% afirmam ter enfrentado algum problema de saúde mental no último ano. O cenário indica que justamente aqueles que conduzem ações de cuidado estão entre os mais afetados por estresse, ansiedade e burnout.

Para Leandro Oliveira, diretor da Humand no Brasil, plataforma global voltada à centralização da cultura organizacional, o bem-estar do RH é termômetro da saúde de toda a organização. “Uma companhia que enfrenta acúmulo de trabalho, falta de estrutura, processos burocráticos e profissionais com questões de saúde mental não tem como se manter saudável por muito tempo”, afirma. “Não é surpresa que o RH seja o primeiro departamento a sofrer”. 

A tal da inteligência emocional

O executivo lembra ainda que o RH enfrenta também situações emocionalmente exaustivas como demissões, assédios e crises pessoais. “Já conheci equipes responsáveis pelo monitoramento de conteúdos sensíveis em redes sociais; e era um trabalho muito difícil”, conta ele, que gostaria que o Setembro Amarelo fosse visto como um ponto de virada para um olhar mais amplo, que inclua os cuidadores.

“O momento é ideal para lançar iniciativas internas de escuta, reconhecimento da sobrecarga do setor e implementação de ações práticas, como acesso a terapia e revisão de escopo e investimentos, principalmente, de tecnologia”, defende Leandro, que sugere o uso da automação de processos, chatbots, inteligência artificial no recrutamento e plataformas de saúde como uma alternativa para reduzir a carga operacional e emocional do RH. “Soluções como essas permitem que a área atue de forma mais preventiva, englobando, inclusive, cuidados voltados para sua própria equipe”.

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Neste contexto, o diretor cita o Censo do RH produzido pela Wall Jobs: 32% dos profissionais apontam a sobrecarga de trabalho e a falta de tempo como os principais desafios da área. Outros 22% mencionam a carência de estrutura e dados como fator crítico.

“Um RH exausto não sustenta uma cultura de bem-estar, engajamento ou inovação. Pelo contrário, pode contribuir para um ambiente tóxico e improdutivo ou até ignorar o impacto negativo que causa nesses espaços”, alerta Leandro, de olho no coletivo: “esse esgotamento gera um efeito dominó: piora o clima, eleva o turnover, aumenta afastamentos e mina a confiança institucional”.

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