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Metodologia faz diagnóstico do bem-estar de profissionais e seus familiares

Índice criado pela Universidade de Oxford ajuda na gestão de programas para melhorar a qualidade de vida dos colaboradores.

Por Alexandre Carvalho
16 out 2024, 14h57
Foto de um pai usando o laptop tentando trabalhar enquanto o filho está nas suas costas brincando.
 (FG Trade/Getty Images)
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Como saber se seus colaboradores vão para o escritório de bem com a vida? Avaliar o bem-estar dos profissionais e suas famílias pode fazer toda a diferença na gestão de RH de uma empresa. Em parceria com a Wise Responder, criada pela Universidade de Oxford, a Fundação Dom Cabral realizou uma pesquisa com metodologia inédita no Brasil que busca fazer um diagnóstico da condição de vida dos colaboradores e seus familiares em fatores como educação, saúde, emprego, habitação e acesso a serviços.

O programa “ComViver” foi implementado pela área de Gestão de Pessoas da FDC, com coordenação técnica de André de Almeida, professor da FDC, e de Flávia Alvim, professora associada da FDC. O projeto utilizou o Índice de Pobreza Multidimensional Empresarial (IPMe), que é uma adaptação para o setor privado do Índice de Pobreza Multidimensional (IPM), desenvolvido pela Universidade de Oxford. O IPMe considera cinco macrodimensões (saúde, educação, emprego, habitação e acesso a serviços) e 12 indicadores (frequência escolar e cuidados na primeira infância, escolaridade, utilização de serviços de saúde, seguro de saúde, emprego, pessoas fora do mercado de trabalho, previdência social, acesso à tecnologia, acesso a água, acesso a saneamento, superlotação do domicílio e materiais da habitação) para determinar a incidência e a intensidade da pobreza vivenciada por um grupo familiar.

Primeiros resultados assustam

Durante o projeto-piloto, realizado dentro da própria Fundação Dom Cabral, o IPMe foi o mais baixo registrado até então pela Wise Responder, totalizando 0,006 – o IPMe médio da América Latina em 2023 foi de 0,144. Após identificar as famílias em situação de vulnerabilidade, um profissional de RH formado em Assistência Social conversou com cada colaborador para entender as necessidades por trás das respostas. Além disso, o diagnóstico do IPMe também levou a FDC a elaborar e reforçar programas coletivos de melhoria da qualidade de vida dos colaboradores da instituição e seus familiares. Um dos passos foi mapear ações para casos que envolvem famílias com grau de endividamento e com questões de cuidados com a saúde (visitas periódicas ao médico para checkup e cuidados com doenças crônicas pré-existentes, por exemplo). “Ações que envolvem os cuidados com a saúde dos colaboradores e de seus familiares já estão sendo reforçadas desde o início do ano”, destaca Cláudia Guimarães, diretora de pessoas da FDC.

A metodologia aplicada pela FDC contempla ciclos de mapeamento, desenho de planos de intervenção, execução das ações e monitoramento de sua eficácia no curto e longo prazo. O objetivo da escola de negócios é inspirar as empresas a terem esse olhar para os seus colaboradores. “A Fundação Dom Cabral tem como missão formar lideranças responsáveis e ampliar o desenvolvimento sustentável da nossa sociedade, e isso começa olhando para dentro de casa. Em países com tamanha desigualdade e exclusão social, como o Brasil, é necessário encarar de frente as vulnerabilidades que o projeto endereça. Por isso, esse projeto inédito no país tem sido de extrema importância. O cuidado com os nossos colaboradores está sempre em primeiro lugar”, afirma André de Almeida, professor da FDC.

Projeto premiado

Em julho, a iniciativa venceu o Prêmio Innovations 2024, do ThinkWorkLab, na categoria “Saúde e bem-estar”. Segundo Claudia Guimarães, diretora de Pessoas da Fundação Dom Cabral, o prêmio é um reconhecimento de um sonho da instituição, pois traduz um dos seus princípios representado pela força interna que nasce do  acolhimento e que conduz à construção conjunta do conhecimento e prática. Além disso, “é importante para o engajamento dos nossos colaboradores, para a nossa retenção de talentos e materializa um dos grandes valores que temos: cada colaborador contribui de sua melhor maneira e ninguém é excluído”.

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