Um terço das empresas brasileiras pretende aumentar suas equipes de suporte operacional em 2026, e 41% dos gestores de contratação afirmam que estão dispostos a oferecer salários mais altos a profissionais do back office que possuam conhecimentos especializados, como análise de dados e inteligência artificial, no próximo ano.É o que indica o novo Guia Salarial da consultoria de recrutamento Robert Half, divulgado com exclusividade pela Você RH e disponível na íntegra ao fim desta matéria.A tendência de valorização do back office também vale para o RH em específico, que deve participar cada vez mais das estratégias de negócios em médias e grandes empresas, além de incorporar conhecimentos e profissionais de outras áreas para atender às novas demandas do setor. A criatividade está em alta, e o RH que exerce tarefas simplesmente operacionais está deixando de ser uma realidade, segundo os especialistas da consultoria.Com o desemprego em queda e a consequente disputa por talentos, as companhias precisam aprimorar suas estratégias para atrair e reter talentos –oferecendo flexibilidade, oportunidades de desenvolvimento profissional, escritórios com segurança psicológica e equilíbrio entre trabalho e vida pessoal, por exemplo. "O RH está sendo muito demandado nesse contexto de busca por retenção, eficiência e customização", argumenta Laís Vasconcelos, division manager da Robert Half*. Segundo a especialista, o cenário impõe um "exercício enorme" de comunicação ao setor, que está ganhando respeito e credibilidade junto aos CEOs e outros tomadores de decisão nas empresas.O mercado pede, então, executivos e gestores de RH com expertise para se aproximar dos negócios – e, para cargos na base da pirâmide, profissionais com conhecimentos em people analytics, que possam apoiar a alta liderança com dados. O inglês continua sendo um must.Confira abaixo as principais conclusões do Guia – e a tabela com os salários estimados para diversos cargos e áreas do RH.Cargos e habilidades em altaSegmentos que mais contratam Bens de consumo; Energia; Infraestrutura; Óleo e gás; e Varejo.Áreas funcionais com mais demanda de contratação Treinamento e desenvolvimento; Benefícios e remuneração; Atração e seleção; e Business partner.Cargos mais demandadosPermanente (efetivos) Analista de atração e seleção; Analista de remuneração e benefício; Business partner; Coordenador(a) de folha de pagamento; e Gerente de RH (generalista).Por projetos (temporários) Analista de atração e seleção; Analista de RH (generalista); Analista de remuneração e benefícios; Analista de folha de pagamento; e Especialista de RH (generalista).Habilidades técnicas mais demandadas – e difíceis de encontrar Gestão de desempenho; Gestão de clima organizacional; Idiomas; e Desenvolvimento de liderança.Competências que garantem salários acima da média Análise de dados; Idiomas; Experiência do colaborador; e Inteligência artificial.Habilidades que os profissionais buscam desenvolver ou aprimorar Inteligência artificial; Excel (avançado); Automação; e Análise de dados.Insights salariais Cargo mais bem remunerado em cadeiras executivas: diretor(a) de recursos humanos (R$ 30.400 a R$ 54.850). Cargo mais bem remunerado nas demais posições: analista sênior de remuneração e benefícios (R$ 8.350 a R$ 12.700).Salários no RHA Robert Half divide o salário de todos os cargos em três categorias de profissionais: 25°: pessoa com pouca ou nenhuma experiência, que necessita de mais instruções ou supervisão para realizar as tarefas diárias;50°: pessoa com experiência para assumir as responsabilidades do cargo sem supervisão direta, familiarizada com os processos e assuntos da função;75°: pessoa com qualificações diferenciadas, além de especializações e certificações, pronta para avançar na carreira. Os salários dos cargos listados no guia não incluem bônus, benefícios e outras formas de remuneração. Eles também estão divididos, abaixo, entre empresas de pequeno e médio porte, com faturamento de até R$ 500 milhões ao ano, e empresas de grande porte, com faturamentos maiores.*Também ouvimos Danielle Nakaya e Vinícius Feitosa, que ocupam cargos de division manager na Robert Half assim como Laís.