farmacêutica Sanofi é a primeira empresa no Brasil a conquistar o selo Age Friendly, que reconhece companhias que valorizam profissionais com 50 anos ou mais. A certificação existe há 17 anos nos Estados Unidos e foi trazida ao país pela startup de empregos Maturi. “Ainda estamos adaptando os quesitos para o Brasil, porque, nos Estados Unidos, a média é de 30% de profissionais com 50 anos ou mais nas empresas. Aqui, estamos falando de 3% a 5% — é outra realidade”, afirma Mórris Litvak, fundador da Maturi.
O processo para conseguir a chancela funciona assim: a Maturi faz uma pré-avaliação, observando quesitos como o percentual de profissionais maduros na companhia, as oportunidades de crescimento e desenvolvimento e a longevidade da carreira desse público. Depois, a análise é enviada aos EUA, para que a equipe do Age Friendly Institute decida pela certificação. A validade do selo é de dois anos.
“Na primeira vez em que a empresa consegue o selo, não esperamos ‘perfeição'”, diz Mórris. “Observamos se a companhia está minimamente comprometida com a causa, colocando em prática ações de combate ao preconceito etário.”
Em 2021, a Sanofi criou uma série de ações a favor da diversidade, incluindo um banco de talentos de profissionais com 50 anos ou mais. Para eliminar vieses na contratação, a idade do candidato não é mencionada durante o processo de seleção.
“Construímos ao longo do tempo práticas de diversidade e inclusão que começaram, em 2005, com a questão de gênero”, afirma Pedro Pitella, diretor de pessoas da Sanofi. Segundo o executivo, agora é necessário direcionar esforços para contratar e engajar quem tem mais experiência. Com o envelhecimento da população e o tempo maior até a aposentadoria, o mercado precisa estar pronto para absorver esses talentos.
Atualmente, a empresa conta com 16% de pessoas com 50 anos ou mais no quadro de funcionários — a meta é chegar a 20% até 2025.