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61% dos trabalhadores brasileiros não estão engajados, mostra estudo

Pesquisa da Flash e da FGV calculou o impacto financeiro da desmotivação e revelou que boas práticas de gestão são o fator que mais afeta o engajamento.

Por Redação
Atualizado em 23 out 2025, 16h41 - Publicado em 23 out 2025, 16h33
Imagem de uma seta 3d sendo puxada por cordas.
 (J Studios/Getty Images)
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Apenas 39% dos profissionais brasileiros afirmam estar engajados com as empresas em que atuam. É que mostrou a terceira edição do Engaja S/A, índice nacional de engajamento realizado pela Flash em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), que também conta com o apoio da TotalPass, Maturi, Cia de Talentos e Talenses Group.

Houve uma redução de cinco pontos percentuais no engajamento em relação aos resultados de 2024, e o índice atingiu o menor patamar desde o início da série histórica do Engaja S/A.

“Embora a remuneração seja um fator relevante, os resultados do estudo indicam que ela não compensa deficiências no clima organizacional nem na qualidade da gestão”, afirma Renato Souza, professor de recursos humanos da FGV e coautor do estudo. “Fatores como relações de confiança, oportunidades de desenvolvimento e ambiente saudável continuam sendo os principais determinantes do engajamento.”

O estudo ouviu 5,3 mil pessoas de todas as regiões brasileiras entre junho e agosto de 2025. A maioria dos respondentes não possui ensino superior (61%), ganha entre um e três salários mínimos (54%) e atua em micro, pequenas e médias empresas (42%).

Pela primeira vez, a pesquisa calculou o impacto da falta de engajamento na economia. A rotatividade de profissionais poderia custar cerca de R$ 71 bilhões por ano às empresas brasileiras, enquanto o presenteísmo – ou seja, o distanciamento mental das pessoas em relação ao trabalho e a consequente falta de produtividade – poderia custar R$ 6,3 bilhões ao ano.

Segundo o Engaja S/A, 60% dos trabalhadores brasileiros pensam em pedir demissão com alguma frequência. Ao longo de 2025, 64% dos entrevistados se candidataram a novas vagas e 42% participaram de entrevistas de emprego.

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Engajamento dos líderes

O estudo também revelou uma queda expressiva na motivação das lideranças. Entre executivos, o engajamento recuou de 72% para 65% em um ano, a maior retração entre todos os grupos hierárquicos. Na média gerência, caiu de 54% para 49%.

A pesquisa também evidencia sinais de esgotamento: 25% dos executivos relatam sentir ansiedade diariamente e 21% sofrem com insônia, patamares superiores aos registrados entre os demais colaboradores. “Aqueles que são considerados os principais responsáveis por engajar suas equipes apresentam sinais de exaustão. A pirâmide do engajamento pode estar sendo construída sobre uma base frágil”, alerta Renato.

O estudo ainda mostra que a falta de engajamento na alta liderança é a mais onerosa para as companhias: ela custa R$ 72,4 mil por executivo, R$ 8,9 mil por gerente e R$ 561 por colaborador ao ano.

Saúde mental e engajamento

Segundo o estudo, 18% dos trabalhadores convivem diariamente com sintomas de ansiedade, insônia ou fadiga. A incidência dessas condições é três vezes maior entre os profissionais “ativamente desengajados”, que estão insatisfeitos, desmotivados e desconectados dos objetivos e valores da empresa.

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O recorte geracional reforça o alerta: 25% dos jovens da Geração Z dizem sentir ansiedade todos os dias, contra 7% dos Baby Boomers, grupo que apresenta os maiores níveis de engajamento (45%) entre as gerações.

A pesquisa também mostrou que o descanso e o equilíbrio entre vida pessoal e trabalho são fatores importantes para o engajamento. Trabalhadores que adotam a semana de quatro dias, por exemplo, registram 53% de engajamento, 14 pontos percentuais acima da média registrada pelo Engaja S/A.

Por outro lado, quem atua nas escalas 6×1 ou 12×36 apresenta índices mais baixos de engajamento (40% e 36%, respectivamente) e maiores taxas de fadiga, insônia e depressão.

“Esse quadro lança um alerta para empresas e para o debate público sobre a redução de jornada no Brasil”, defende Renato. “Mesmo quando há engajamento, ele vem acompanhado de sofrimento e desgaste.”

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Família e propósito

O contexto familiar e o senso de propósito exercem forte influência sobre o envolvimento profissional. O engajamento entre os profissionais casados é de 44%, uma taxa acima das registradas para solteiros (33%) e separados (34%). Entre pais e mães, o nível de engajamento é ainda maior: 45% versus 30% entre profissionais que não têm filhos.

“Profissionais que são pais e mães tendem a buscar estabilidade e apoio organizacional, o que reforça o vínculo maior [com as empresas]. De forma semelhante, os casados podem se mostrar mais comprometidos, justamente pelo desejo de garantir maior estabilidade para si e para seus dependentes”, afirma Isadora Gabriel, CHRO da Flash.

O que deixa os trabalhadores felizes?

Na terceira edição do Engaja S/A, o fator “boas práticas de gestão” superou a confiança na liderança e se estabeleceu como o principal responsável pelo engajamento. Processos claros e previsíveis, argumentam os responsáveis pelo estudo, se destacam em um contexto corporativo mais volátil e pressionado por resultados.

As três práticas que mais engajam os brasileiros, segundo a pesquisa, são:

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  1. Modelo remoto ou híbrido de trabalho;
  2. Day off de aniversário; e
  3. Benefícios flexíveis.

Nenhuma dessas práticas, porém, está entre as mais comuns nas empresas, que ainda investem majoritariamente em treinamentos, reuniões de resultado e avaliações de desempenho — práticas de baixo impacto sobre a motivação dos colaboradores.

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